sexta-feira, 29 março, 2024

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Suíca à palestrante: “É servidor público ou presidente de rede de consumo?”

O vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) contestou, nesta terça-feira (8), o que chamou de “enganação” e “balbúrdia” a palestra do presidente da Rede de Consumo Seguro e Saúde, Gustavo Figueiredo Mercês. Inicialmente, Gustavo trataria da preocupação com a qualidade de brinquedos, visando o Dia das Crianças (12 de outubro), mas ao invés disso passou a defender a secretária de Políticas para Mulheres (SPMJ), Rogéria Santos no processo de eleição dos novos conselheiros tutelares na capital.

“Não entendi o que, de fato, ele foi fazer na Câmara na última segunda [7]. Também não sei dizer se é servidor público ou presidente da rede de consumo. Foi uma enganação e diria até um fato confuso, uma balbúrdia”, dispara o edil.  De acordo com o petista, é de se estranhar que um dia após as eleições dos Conselhos Tutelares, diante de tantas denúncias, uma pessoa use a tribuna da Casa para defender um processo cheio de erros. “É curioso, preocupante e diria até ultrajante. É como se os vereadores fossem um grupo de leigos”, frisa.

Ainda conforme o vereador petista, Gustavo esteve envolvido na operação que selecionou os servidores que atuaram na eleição do domingo. “Dezenas de ausências motivou colocar até três urnas para apenas dois mesários atenderem. No domingo estava na apuração e na segunda vem como representante de uma rede de consumo e faz defesa das fragilidades causadas pela secretária municipal. Precisamos saber qual a função e a lotação é que nuvem de fumaça está sendo jogada para esconder o óbvio”.

Para Suíca, é preciso apurar o caso com rigor e denunciar o uso irregular da máquina pública durante o processo de eleição. “O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente [CMDCA], por exemplo, solicitou a atuação da Guarda Municipal para que os eleitores tivessem maior segurança nos locais de votação e não foi atendido. Isso é vergonhoso”, completa. O petista ainda diz que a prática de boca de urna foi generalizada durante as eleições. “Chega a ser um afronto. Até ônibus foi utilizado para transportar eleitores no domingo”.

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