sábado, 11 maio, 2024

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Semana fecha com pesquisas apontando Bolsonaro e Haddad

Quatro pesquisas divulgadas esta semana (FSB/BTG Pactual, Datafolha, Ibope e Paraná) mostraram cenários rigorosamente similares na disputa presidencial: Bolsonaro na frente, Ciro Gomes em segundo e Haddad crescendo. As duas de ontem (XP/Ipespe e Datafolha) sacramentaram a ascensão de Haddad, que já empata com Ciro.

As pesquisas mostram também que, uma semana após o atentado, Bolsonaro ganhou alguns pontos. Fora disso, o crescimento de Haddad e o efeito atentado, fica mais ou menos tudo como estava.

Sem mudanças

De início Lula liderava e Bolsonaro ficava em segundo, sempre assumindo a ponta quando Lula saía. Agora, Bolsonaro está na ponta e Haddad vai aos poucos ganhando o eleitorado que seria de Lula.

Ainda faltam 20 dias de campanha, e 23 para as eleições, mas as pesquisas sinalizam que o jogo está caminhando para configurar um segundo turno, o que Bolsonaro e petistas querem, ressalte-se.

É por isso que Alckmin subiu o tom contra os petistas na propaganda eleitoral, citando ‘os males’ que a era Dilma causou ao País. Os tucanos acham que vão ganhar 30% dos votos de Bolsonaro e outra fatia do PT, o que o impulsionaria para o segundo turno.

A aposta tucana é crescer na reta de chegada. Mas a pesquisa ontem divulgada, da XP, veio do mundo empresarial. E setores do empresariado já vislumbram um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad.

Bolsonaro, o fenômeno

Diz o deputado Luciano Ribeiro (DEM), líder da oposição na Assembleia, que pelas andanças dele interior afora na caça ao voto percebe que há muita gente disposta a votar em Bolsonaro:

– Qual é o tamanho disso e até onde isso vai chegar, eu não sei. Mas sei que tem sido assim.

Tais manifestações, ressalva ele, na maioria das vezes são espontâneas e não fruto de ação organizada. É aí que está o mistério.

Wagner e Neto, sem recíproca

Enquanto Jaques Wagner admite que, se o segundo turno for entre Bolsonaro e Alckmin, fica com Alckmin, ACM Neto, que é o coordenador de Alckmin no Nordeste, disse ao site O Antagonista que não cogita outra alternativa:

– Só tenho um foco agora, é botar Alckmin no segundo turno.

Apesar das dificuldades, os aliados de Alckmin dizem estar confiantes. Acham que no fim ele cresce.

Partilha no PSB veio de cima

Sobre os esperneios do deputado Marcelo Nilo, candidato a deputado federal, de que só recebeu R$ 400 mil do PSB, contra R$ 1,6 milhão da senadora Lídice da Mata, a assessoria de imprensa do partido diz que a partilha dos recursos foi determinada pelo diretório nacional, priorizando os detentores de mandatos federais.

Para os estaduais com ou sem mandato, decidiu olhar caso a caso, respeitando os 30% das mulheres.

2018, a campanha mais morna de todos os tempos

Políticos de alguns mandatos, velhos conhecedores dos embates eleitorais, de todos os lados, batem na mesma tecla: a campanha de 2018 está morna, sem vibração.

Qual a chave do mistério, o desencanto coletivo com os políticos após tantos bilionários escândalos na Lava Jato, ou o dinheiro curto mais as novas regras, como as restrições ao uso do tradicional carro de som nas ruas?

Diz o deputado Gika que a Vaquejada de Serrinha é um termômetro:

– Tudo frio. E a promotora (Letícia Baiard) foi bastante rigorosa na fiscalização, prendeu um caminhão. Como campanha, zero.

Cientistas políticos dizem que o desânimo coletivo tem de tudo aí um pouquinho.

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