sexta-feira, 29 março, 2024

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Secretário de Guedes defende Vale e compara desastre a tragédia

O secretário especial de Desestatização e Desinvestimentos, Salim Mattar, responsável por tocar a agenda de privatizações do ministro Paulo Guedes (Economia), defendeu, nesta quarta-feira, não “demonizar” a Vale após o rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho . Ele comparou o desastre em Minas Gerais a queda de um avião. “Nós temos uma média de um ou dois grandes aviões (que caem) por ano. Morrem 120, 250 pessoas. Quando acontece um acidente dessa monta pede-se que a diretoria caia, demoniza-se a companhia, ou os órgãos buscam as causas? Em Brumadinho caiu um grande avião, ou dois aviões. Como seria um tratamento de uma companhia aérea?”,  disse o secretário.

A tragédia de Brumadinho, até o momento, tem 165 mortes confirmadas. Há ainda 160 pessoas desaparecidas. Para o secretário, os responsáveis devem responder no seu CPF, mas a empresa tem que ser preservada para manter empregos e a arrecadação de impostos. Segundo ele, cabe às empresas reparar os danos ambientais e pagar as indenizações devidas. “Eu sou a primeira voz dentro do governo a defender a Vale. Defendo que um gerador de riqueza e emprego que tem um histórico espetacular, já foi penalizada perdendo bilhões de reais. Não deveríamos separar a empresa dos CPFs responsáveis?”, questionou. Mineiro, ele disse que fez a mesma defesa da Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, no caso de Mariana, há três anos.

“Quando aconteceu o evento da Samarco, eu presenciei e fiquei horrorizado a que ponto chegamos. Eu presenciei a imprensa, Ministério Público, Polícia Federal, sociedade civil como eles destruíram a reputação de uma companhia espetacular chamada Samarco. Nem uma única voz levantou a favor da Samarco se não fosse eu”,  relatou.

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