Publicado em: 06/06/2020 7:15
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O pedido, feito no dia 20 de maio, foi encaminhado para a 1ª Câmara de Revisão e Coordenação do MPF para ser enviada ao Ministério da Saúde. A justificativa dos procuradores dos quatro estados é que o medicamento não é comprovado como eficiente para o tratamento dos pacientes com o vírus causador da pandemia.
Eles pedem que o Ministério comprove a relação favorável entre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina sobre o tratamento para a doença para que, só então, a utilização do medicamento na rede pública de saúde seja feita.
No mesmo dia 20, um documento publicado pelo Ministério da Saúde admitia que não existem comprovações, ainda, de que a cloroquina e seus derivados são eficazes para tratamento da Covid-19.
“A atual capacidade de processamento de testagem no país é de dez mil exames por dia, conforme apresentado pela Secretaria de Vigilância Sanitária em 20 de maio de 2020, e o plano de testagem nacional não sofreu alterações que permitam abranger o universo de sintomáticos leves que terão que fazer o teste previamente ao uso de cloroquina ou hidroxicloroquina, com capacidade de resposta efetiva dos exames”, declaram os procuradores, segundo o jornal O Globo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu os testes sobre com a droga para tratamento da doença após constatação do aumento do número de óbitos.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) impôs que o Ministério da Saúde liberasse a o uso medicação. A falta de comprovações sobre os benefícios dela para combate da doença gerou instabilidade entre o governante e os dois últimos ministros da casa, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.