quinta-feira, 28 março, 2024

EXPEDIENTE | CONTATO

Lucro do FGTS referente a 2019 já está depositado nas contas dos trabalhadores

Os trabalhadores com contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço já podem conferir o crédito referente à distribuição de 66,23% do lucro do FGTS em 2019. O dinheiro aparece nos extratos. Na terça-feira passada (dia 11), o Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição de R$ 7,5 bilhões. Com isso, a rentabilidade total das contas vinculadas no ano foi de 4,90%.

Caixa Econômica Federal — gestora dos recursos do Fundo de Garantia — teria até o fim de agosto para efetuar o crédito nas contas, de forma proporcional ao saldo que cada trabalhador tinha em 31 de dezembro de 2019. Mas a operação já feita antecipadamente, como ocorreu no ano passado, quando a distribuição dos lucros de 2018 foi de 100%.

A consulta ao saldo pode ser feita pelo aplicativo oficial do Fundo de Garantia (App FGTS) ou pelo site da Caixa. A informação aparece como “cred dist resultado ano base 12/2019”.

Como acessar o App FGTS no celular

1. Na loja de aplicativos do seu celular, busque FGTS. Clique em “Instalar” e abra o aplicativo.

2. Selecione a opção “Cadastre-se”.

3. Preencha todos os dados solicitados: CPF, nome completo, data de nascimento, CEP, e-mail e cadastre uma senha de acesso.

4. A senha deve ser numérica, com seis dígitos.

5. Depois de incluir seus dados, clique no botão “Não sou um robô”.

6. No e-mail informado, o trabalhador receberá uma mensagem com um link para verificação de endereço. De volta ao aplicativo, deverá clicar em “Confirmar”.

7. O passo seguinte é abrir novamente o aplicativo e informar o CPF e a senha cadastrada.

8. No primeiro acesso, será solicitado o cadastramento do número de celular. Aparecerão ainda três perguntas sobre sua vida trabalhista.

9. Após responder a essas perguntas, será preciso ler o contrato de prestação de serviços ao cidadão.

10. Pronto, agora você já pode usar o App FGTS.

Primeiro acesso no site

1. Acesse o endereço www.caixa.gov.br/extrato-fgts.

2. Informe o número de seu NIS ou de seu CPF e clique em “Cadastrar senha”.

3. Leia o regulamento e clique em “Aceito”.

4. Preencha todos os campos com seus dados pessoais.

5. Crie uma senha com até 8 dígitos, com letras e números, e confirme. Você será direcionado para a tela de login novamente.

6. Preencha os campos com NIS ou CPF, insira a senha cadastrada e clique no botão “Acessar”.

Lucro acima da inflação

O lucro de 4,90% destinado a cada trabalhador é maior do que a inflação acumulada no ano passado, de 4,31%. No mesmo período, a poupança rendeu apenas 4,34%, e o CDI acumulou 5,96%. Em 2020, a expectativa é que a rentabilidade do FGTS também seja maior do que a dos investimentos mais conservadores atrelados à taxa básica de juros (Selic) — atualmente em 2% ao ano.

Este ano, o governo federal vem permitindo a retirada dos recursos do fundo pelo saque emergencial de até R$ 1.045 e pelo saque-aniversário, mas, neste cenário, é preciso pensar se vale a pena fazer a retirada ou deixar o dinheiro na conta vinculada.

Saques permitidos

Ao optar pelo saque emergencial de até R$ 1.045, o cotista tem esse valor liberado uma única vez, ainda neste segundo semestre, de acordo com o mês de nascimento. Essa possibilidade de retirada foi aberta pelo governo em razão da pandemia. O dinheiro é creditado de forma automática em contas poupanças sociais digitais abertas em nome dos trabalhadores, podendo ser retirado de acordo com um calendário. Mas, se a pessoa não quiser sacar, basta manter a quantia sem qualquer movimentação até 30 de novembro. O montante retornará ao FGTS corrigido.

A partir deste ano, o trabalhador pode ainda optar pelo saque-aniversário, retirando uma pequena parte do fundo anualmente. Mas, essas modalidade exige adesão. O trabalhador precisa comunicar seu interesse à Caixa. Mas, em caso de demissão sem justa causa, perde o direito de retirar todo o saldo remanescente de FGTS.

Para avaliar se as opções de saque são vantajosas, no entanto, é preciso analisar o momento financeiro. Segundo especialistas, para quem tem dívidas ou está com as contas apertadas, a retirada do fundo é a melhor opção, já que nenhum crédito será mais barato. Para quem não tem uma reserva, também pode ser interessante ter um dinheiro disponível. Porém, ao se analisar apenas risco e retorno, a retirada nem sempre compensa.

Remuneração das contas

As contas vinculadas ao FGTS são remuneradas a 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR), atualmente zerada, mais a distribuição dos lucros anuais do fundo, cujo percentual é estabelecido pelo Conselho Curador. Neste caso, não há incidência de Imposto de Renda.

Dessa forma, o fundo poderá ter, em 2020, uma rentabilidade maior do que a de outras aplicações de renda fixa conservadoras, principalmente levando-se em conta o rendimento real (descontando impostos, taxas e inflação). Esse lucro poderá ser distribuído aos trabalhadores somente em meados de 2021. Considerando a inflação projetada para este ano de 1,65%, segundo o último Boletim Focus, do Banco Central (BC), o FGTS poderia ter rentabilidade real (acima da variação inflacionária) de 1,35%.

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