quinta-feira, 25 abril, 2024

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Colesterol alto atinge 40% da população brasileira

Dia Nacional de Combate ao Colesterol, 8 de agosto, chama a atenção para uma das principais causas de infarto e acidente vascular.

 Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) constatou que os níveis de colesterol alto atingem cerca de 04 entre 10 brasileiros adultos, cerca de 60 milhões de pessoas ou 40% da população. Outros dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), revelaram que índices elevados de colesterol são mais frequentes em mulheres (25,9%) do que em homens (18,8%). Os adultos entre 55 e 64 anos são os mais afetados (41%).

O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, comemorado em 8 de agosto, foi criado para conscientizar a população sobre os riscos do colesterol alto e orientar sobre a prevenção. A cardiologista Sandra Cavalcanti, do Plano Boa Saúde, afirma que o colesterol alto é uma das principais causas de doenças cardiovasculares com risco de morte. “O colesterol é um tipo de gordura que, em níveis elevados, pode provocar obstrução das artérias, especialmente do coração e cérebro, impedindo a adequada oxigenação e levando a um infarto do miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, alerta.

O colesterol alto pode ser desenvolvido por questões hereditárias (genética) e alimentação inadequada. Fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo, ingestão excessiva de bebida alcóolica, diabetes e idade avançada podem agravar a sua evolução. O colesterol total é a soma dos níveis sanguíneos de “LDL”, conhecido por “Mau Colesterol”, e “HDL”, o “bom colesterol”, que protege o organismo. “Quanto maior o nível do HDL no organismo, maior é a prevenção de doenças do coração e AVC”, informa a doutora Sandra, acrescentando que ” 70% do colesterol é produzido pelo fígado e 30% vem da alimentação”.

De acordo com a nova Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o colesterol total deve ser menor que 190mg/dl, sendo que o colesterol HDL (bom) deve ser maior que 40 mg/dl. Para prevenir o colesterol alto e produzir o HDL, a médica orienta que se mantenha uma alimentação saudável, com dieta baseada em alimentos naturais, carnes magras e oleaginosas (castanhas do Pará, de caju, amêndoas), além de introduzir a prática regular de atividade física à rotina. Evitar frituras, alimentos processados, doces e carboidratos auxiliam no melhor controle dos níveis de colesterol.

Após a confirmação do diagnóstico de colesterol alto pelo médico, além das mudanças no estilo de vida, com reeducação alimentar e inclusão de atividade física regular, pode-se optar pelo início de tratamento medicamentoso, seja com uso de estatinas orais, seja com uso de novos medicamentos injetáveis, todos visando reduzir os níveis de colesterol a patamares recomendáveis. “Depois da avaliação e diagnóstico do paciente, o médico irá orientar sobre a necessidade ou não de medicação”, explicou doutora Sandra.

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