sexta-feira, 29 março, 2024

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Cidade Nova em risco: árvore e rocha podem cair

Um problema que vem do alto anda tirando o sono dos moradores da Rua Doutor Esteves de Assis, conhecida como Sertanejo.

Um problema que vem do alto anda tirando o sono dos moradores da Rua Doutor Esteves de Assis, localidade conhecida como Sertanejo, na Cidade Nova: a queda de galhos de árvores e pedras do alto de uma rocha que fazia parte de uma antiga pedreira. Na noite de ontem, um galho caiu por volta das 18h, assustando os moradores. “A sorte é que, na hora, não tinha ninguém no lugar e não atingiu os fios de energia. Aqui costuma ser área de lazer dos meninos”, afirmou a aposentada Adeildes Santos, moradora da região há 47 anos.

Até agora, de acordo com ela e os demais viventes da região, não aconteceu nenhum acidente sério envolvendo pessoas. Mas, há alguns anos, um carro foi atingido após um deslizamento de terra que levou junto uma árvore inteira. O dono teve perda total. Mas, com as constantes quedas de objetos do alto do rochedo, o receio é que algo pior possa acontecer aos que passam pelo local.

“É uma tragédia anunciada. As pedras estão caindo e as árvores cedendo”, comentou Dona Déa, como também é conhecida pelos moradores da comunidade. Na tarde de ontem, o galho ainda estava no local, assim como era fácil observar as pedras pelo chão. No entanto, basta olhar pra cima e perceber que novas ocorrências podem acontecer, uma vez que há raízes expostas e em alguns locais do paredão há pequenas fissuras.

Quem vem tendo dor de cabeça maior é a autônoma Aline Brito, moradora da rua há 32 anos. Ela mora ainda mais próximo ao paredão e, atrás da residência, há uma encosta cuja árvore ameaça ceder. No local, há outras espécies que foram plantadas, como bananeiras, e que podem trazer riscos de deslizamentos em um período mais chuvoso.

Na tentativa de resolver o problema, a também moradora, Meire Borges, já esteve por algumas vezes em órgãos da Prefeitura. Mas, mesmo diversos números de protocolos em mãos, nada foi resolvido até agora. “Quando a atendente me vê, já até dá risada, devido a quantidade de vezes que fui até lá para pedir uma solução”, contou. “Entra gestão e sai gestão e isso nunca é resolvido. Gostaríamos que pelo menos, de início, fossem feitas as podas das árvores”, salientou Adeildes Santos.

A reportagem da Tribuna da Bahia entrou em contato com a assessoria de comunicação da Defesa Civil da capital baiana (Codesal). Por nota, o órgão informou que, com relação a encosta rochosa, “não consta no sistema da Codesal solicitação dos moradores de vistoria desta”. Mas, por questão preventiva, uma equipe será enviada ao local para realizar uma avaliação. Com relação a poda das árvores, a principal solicitação dos moradores, a reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Manutenção (Seman). Contudo, até o fechamento desta edição, não obtivemos resposta por parte do órgão.

 

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