sexta-feira, 29 março, 2024

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Projeto de estudantes que valoriza a mulher na ciência conquista prêmio nacional

O projeto “Minas na Ciência”, de autoria de estudantes do 3° ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Aldemiro Vilas Boas, em São Miguel das Matas, está entre os 11 projetos premiados no prêmio nacional Criativos da Escola 2018 que, nesta edição, contou com 1.654 inscritos em todo o país. Com o trabalho, as alunas buscaram divulgar o trabalho de mulheres na área científica e incentivar as colegas a se interessarem mais pelo assunto. A premiação é uma viajem para Fortaleza, onde aconteceu o evento de celebração de oficinas, vivências e atividades culturais, e R$ 500 para o professor responsável e R$ 1,5 mil para a escola.

A professora de Química, Natália Oliveira, destacou que o “Minas na Ciência” incentiva uma maior participação das mulheres na área científica. “Percebi que havia pouco interesse das estudantes pela área de exatas e, junto com as alunas, buscamos desenvolver atividades que divulgassem mulheres cientistas. Com a produção de um vídeo e a criação de um aplicativo, jogos da memória, RPG (Role Playing Game) e quebra-cabeça, conseguimos realizar intervenções na escola apresentando a história e o trabalho destas pesquisadoras no nosso colégio e em escolas municipais”.

A estudante Maria Jilvani conta como surgiu o interesse pelo desenvolvimento do trabalho. “Como temos interesse nesta área de tecnologia e engenharia, percebemos que tínhamos pouca ou nenhuma referência de mulheres. Aí decidimos realizar uma pesquisa inicial para saber o quanto os estudantes dos Ensinos Médio e Fundamental sabiam sobre influência feminina nas ciências. A partir de um resultado nada empolgante, produzimos as atividades com apresentação e mini oficinas, trazendo a cara dessas pesquisadoras para o conhecimento de todos os alunos, assim como suas experiências e criações”.

Para a também estudante Vitória Oliveira, as atividades criaram um grande interesse dos colegas. “Acredito que tudo tem a ver com representatividade. Nós mostramos cientistas mulheres, negras e baianas. Por isso, paras estudantes, houve uma grande identificação. Desejamos continuar essas ações, principalmente nas primeiras séries, para que o interesse surja desde criança. Até para mim, que tenho interesse no assunto, a pesquisa foi reveladora por saber que foram mulheres que criaram objetos tão comuns para nós, como o para-brisa, o filtro de café e a seringa”, esclarece. A estudante Iris Vitória Santos também fez parte da equipe.

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