sábado, 20 abril, 2024

EXPEDIENTE | CONTATO

Nelson Leal recebe presidente da Hammer, que investirá R$ 15 milhões na Bahia

Grupo catarinense quer implantar fábrica processadora de alimentos no vale do Iuiu.

O governador em exercício, deputado Nelson Leal, recebeu hoje (14.05) os diretores da Companhia Hemmer, de Santa Catarina, que pretende investir R$ 15 milhões em uma fábrica de processamento de pepino em conserva no município de Iuiu, no sudoeste da Bahia. “O negócio da empresa é pepino, literalmente”, brincou Leal, ao atender os diretores da empresa catarinense de alimentos, entre eles o presidente do Conselho Consultivo, Alessandro Luef, e o gestor financeiro, Fauzi Abdel Aziz, acompanhados da deputada estadual Ivana Bastos, do prefeito de Iuiu, Reinaldo Góes, e de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

 No Vale do Iuiu, a cultura do pepino está em grande expansão. O projeto da Hammer começou em 2017 com 14 hectares, gerando 210 empregos e faturando R$ 1milhão. Hoje, são 70 hectares cultivados, 1.050 empregos diretos e previsão de faturamento de R$ 5 milhões. “Estou me comprometendo a advogar pelo projeto da Hammer com o governador Rui Costa, porque acredito na agroindústria para desenvolver o interior da Bahia. Precisamos quebrar esse modelo de concentração industrial que nós temos, todo ele na Região Metropolitana de Salvador. O cultivo da variedade de pepino voltada para conservas (picles) é um investimento que leva à geração de mais empregos no campo”, argumenta o governador em exercício.

O presidente da Hammer disse que encontrou na Bahia a segurança jurídica necessária para investir e ampliar a produção. “As alterações climáticas e o êxodo rural na nossa região fazem com que a Hammer precise ir cada vez mais longe em busca da matéria-prima ideal, aumentando nossos custos de logística. O nosso projeto na Bahia reduz essa dependência. Acreditamos no potencial do Estado e o povo é trabalhador. Os investimentos já feitos nos últimos anos comprovam os resultados”, diz Alessandro Luef.

Para a deputada Ivana Bastos, a implantação de uma indústria de processamento da Hammer no Vale do Iuiu pode ampliar a cadeia da agroindústria na região. “Hoje, a companhia envia anualmente cerca de 130 carretas carregadas com pepino cultivado na Bahia para a fábrica de Blumenau, em Santa Catarina. Com a unidade fabril na Bahia, os custos com logística serão bastante reduzidos e a empresa poderá ampliar seu leque de alimentos processados, como, por exemplo, palmito, pimenta, cebola e molhos à base de frutas, como morango e manga, todos produzidos em terras baianas”, enumera Bastos.

POUCA ÁGUA

As plantações na Bahia do pepino para conserva são irrigadas pelo sistema de gotejamento, com o consumo de pouca água. Assim, as lavouras podem ser mantidas com água captada de poços tubulares, sem comprometer o lençol freático. O baixo consumo hídrico também reduz os custos da energia na irrigação, usada por mais de 90% dos agricultores no período noturno.

Uma grande vantagem para os plantadores de pepino, com a parceria, está na possibilidade de os produtores plantarem sem a necessidade imediata de gastar recursos próprios ou ter que contratar empréstimo em banco. A indústria de conservas fornece as sementes, equipamentos de irrigação, adubo, defensivos e outros insumos para o cultivo, além de prestar assistência técnica. A despesa é descontada posteriormente durante o acerto da compra da produção, adquirida pela empresa fundada em 1915.

Arquivos