quinta-feira, 25 abril, 2024

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Greve começa a complicar abastecimento de água mineral em Salvador

Há oito dias o caminhão de Gilberto Cruz, 61 anos, está parado. É nele que o comerciante faz o transporte de galões de água mineral que abastece sua distribuidora e o comércio menor. A capacidade do veículo é de carregar até 500 vasilhames de 20 litros, mas ir até a cidade de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, significa enfrentar os bloqueios feitos pelos caminhoneiros, ou nem sair deles.
Com isso, o estoque de água vai acabando e a solução tem sido vender menos, para não deixar nenhum cliente na mão.
“A gente acaba controlando a saída da mercadoria. Se o cliente pede quatro, nós mandamos dois e a maioria deles entendem pela situação que nós estamos enfrentando”, conta Gilberto.

A nova remessa de galões, cerca de 110 deles, só chegou ao estabelecimento porque o comerciante utilizou um carro menor, da marca Kia Bongo, para fazer o transporte, fugindo do bloqueio.

Os novos vasilhames, somados aos que já estavam em estoque, só devem durar os próximos dois dias.

“Temos cerca de 200. Como vendemos em média 150 por dia, não vai durar muito”, conta.

Preço mais alto
A falta da distribuição da água tem afetado os preços nos bairros mais populares. A distribuidora de bebidas Vassá, que fica no Alto das Pombas, na Federação, aumentou o valor do galão de R$ 6 para R$ 7,50 na última semana.

Foto: Marina Silva/CORREIO

A atendente Claudete Batista, 39, conta que a distribuidora solicitou a reposição da água a um fornecedor há quase uma semana, mas até agora a mercadoria não chegou nas prateleiras.

“Geralmente, o pedido chega em três, quatro dias. Pedimos 70 vasilhames e até agora nada. Só temos 22 em estoque. Como vendemos cinco por dia, deve durar até o final da semana”, adianta Claudete.

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