quinta-feira, 28 março, 2024

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Exportações baianas tem queda de 4,2% em agosto

Depois de registrar crescimento por dois meses consecutivos, e se recuperar dos efeitos da greve dos caminhoneiros, as exportações baianas voltaram a recuar 4,2% em agosto, para US$ 853,2 milhões, quando comparadas a igual mês de 2017. Isso ocorreu apesar do salto de 8,5% do dólar frente ao real no período, mas que foi marcado por volatilidade no cenário externo e apreensão com o rumo das eleições presidenciais brasileiras. As importações por sua vez, cresceram de forma robusta pelo segundo mês consecutivo, alcançando em agosto US$ 908,7 milhões, 41,8% acima do mesmo mês do ano passado.

Foi determinante para a queda das exportações em agosto, o desempenho negativo das vendas do setor automotivo com redução de 23,2%, reflexo da crise na Argentina que levou à desvalorização do peso em relação ao dólar ainda no início de maio. Os automóveis representam 70% dos embarques para o país, que devem recuar sob o efeito do agravamento do cenário econômico.

Em agosto, houve queda de 19% nas exportações baianas para a Argentina, enquanto nos oito meses do ano, já houve reversão do crescimento apresentado no primeiro semestre, com redução de 0,5%. O quadro argentino deve contribuir ainda mais para a perda de fôlego das exportações de manufaturados baianos, que até agosto apresenta recuo de 3,5%, comparados ao mesmo período de 2017.

Além do setor automotivo, contribuiu para o desempenho negativo as vendas do setor de petróleo e derivados com queda de 54%; algodão (-65,2%); derivados de cacau (-15%) e minerais (-73%). Por outro lado, as exportações do complexo soja continuam em alta com crescimento de 21,3% em agosto e de 17,1% no ano. Quatro meses após o pico de safra, o fluxo de soja em direção aos portos começa a diminuir, mas as mais de 3 milhões de toneladas embarcadas já constitui recorde histórico para as exportações do setor.

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