Pela 1ª vez, corporações abraçaram evento e vão interromper atividades durante jogos do Brasil, assim como na Copa masculina.
De quatro em quatro anos, o Brasil para quando a seleção masculina entra em campo na Copa do Mundo. Além das ruas pintadas de verde e amarelo pelo País, comércios, bancos e repartições públicas fecham; fábricas paralisam atividades e funcionários são dispensados. Mas essa tradição não se aplicava, até agora, à Copa feminina. Em 2019, pela primeira vez na História do Mundial, empresas decidiram parar para assistir Cristiane, Formiga e outras jogarem.
“O Brasil tem um símbolo social muito importante que é o futebol. Nada mais justo do que parar para assistir à seleção feminina também”, afirma Eduardo Fonseca, diretor de assuntos institucionais do Grupo Boticário ao HuffPost Brasil. A empresa, que não é patrocinadora do evento ou de atletas da seleção, enxergou a Copa como oportunidade de incentivar o futebol delas.
A gente nunca olhou pra isso como uma possibilidade negativa. Para gente, tudo foi muito natural.Eduardo Fonseca, do Grupo Boticário
Criado em 1991, o torneio mundial foi ignorado durante muitos anos não só por emissoras de televisão abertas e fechadas no Brasil, mas pelo público em geral. Até 1979, a prática do esporte era proibido para mulheres no País.
Pela primeira vez, a Rede Globo transmitirá todos os jogos da seleção brasileira. Na Copa de 2015, apenas alguns jogos foram transmitidos pela TV Bandeirantes, pelo SporTV e pela TV Brasil — e havia pouco interesse sobre o tema.
Em cinco das marcas do Grupo Boticário (O Boticário, Eudora, quem disse, berenice?, Vult e The Beauty Box), linhas de produção, centros de distribuição e escritórios vão funcionar como em 2018, na Copa masculina.
Atividades serão paralisadas durante os jogos e haverá transmissão em telões para os funcionários ― nos escritórios, a paralisação varia de acordo com o horário dos jogos em sintonia com o horário dos funcionários, que pode ser alterado nesses dias.